Paz

Paz

Se a provação te aflige,
Deus te conceda paz.

Se o cansaço te pesa,
Deus te sustente em paz.

Se te falta a esperança,
Deus te acrescente a paz.

Se alguém te ofende ou fere,
Deus te renove em paz.

Sobre as trevas da noite,
O Céu fulgura em paz.

Ama, serve e confia.
Deus te mantém a paz.

 

Emmanuel
(psicografia de Francisco Cândido Xavier)
Do livro: Recanto de Paz

A dor

A dor

A dor possui uma função específica, extraordinária: auxiliar o progresso da criatura.

As admiráveis conquistas da ciência têm tido por objeto diminuir-lhe a intensidade ou mesmo suprimi-la.

Enfermidades cruéis têm sido debeladas, distúrbios orgânicos de gravidade vêm recebendo valiosa contribuição para serem reequilibrados, e não cessam os investimentos nas pesquisas, para tornarem a existência física mais amena, agradável e enriquecedora.

Não obstante, a inferioridade moral, em predomínio, torna-se responsável pelo surgimento de novas doenças e mais perversos distúrbios nos complexos mecanismos do corpo somático.

Dores há que domam as paixões inferiores, que resgatam dívidas, que reabilitam, que abençoam vidas…

Abastece-te, porém, nas Fontes Inexauríveis do Bem, e organiza tua vida moral e mental, de forma que os teus atos sejam produtores de harmonia pessoal e de equilíbrio, quando convidado pela dor-reparação ao testemunho de libertação espiritual, ou diante de qualquer expressão de sofrimento que te visite.

Joanna de Ângelis
(psicofragia de Divaldo Franco. Do livro: Desperte e Seja Feliz)

Confia sempre

Confia sempre

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.

Crê e batalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência.

Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.

De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

Luta e serve.

Aprende e adianta-te.

Brilha a alvorada além da noite.

Hoje é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com aflição ou ameaçando-te com a morte…

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

 

Meimei
Psicografia de Francisco Cândido Xavier (do livro: Cartas do Coração)

Além dos outros

Além dos outros

“Não fazem os publicanos também o mesmo?”
JESUS (Mateus, 5.46)

Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.

Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.

Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?

Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?

Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?

Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?

Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?

Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?

Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?

Garantir o continuísmo da espécie, revelar utilidade geral e adaptar-se aos movimentos da vida são característicos dos próprios irracionais.

O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva.

De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior. Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.

 

Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Do livro: Fonte Viva